quinta-feira, 30 de junho de 2011

a ética

     A ética de ockham
       Diferentemente de Tomás de Aquino e Duns Scotus que afirmavam existir uma Lei Natural  de acordo com a qual o homem houvera de guiar suas ações morais, Guilherme de Ockham coloca a Lei Divina no centro de sua teoria ética, enfatizando, sobretudo, a ilimitada liberdade de Deus em dar comandos. Portanto, a liberdade de Deus é absoluta na estipulação da lei, disto decorre que   o valor dos atos humanos procedia inteiramente da vontade soberana e irrestrita de Deus. Assim posto, sendo Deus o Legislador Supremo da vida humana, o ser humano não precisa se preocupar em promulgar leis, mas deve obedecer os comandos por Ele dados. Em virtude disso, a obrigação é um conceito ético central na teoria de ockham. O ser humano tem a obrigação de fazer o bem (comando divino) e está obrigado pelas ordens divinas, mas Deus não está submetido a nenhuma obrigação relativamente aos seres humanos. Se, no entanto, os seres humanos desobedecem aos comandos divinos, então eles terão como resultado o mal se efetivando em suas ações. 
            Para Ockham, assim como seus predecessores aristotélicos, o que torna um ato virtuoso é estar de acordo com o correto juízo racional.  Ademais, agir de acordo com o correto juízo racional e a consciência não entra em conflito com o comando divino, pois se o ser humano age de acordo com o juizo correto racional e com sua consciencia é porque Deus ordena que seja assim.
      Ockham entende que existem princípios que excluem tipos particulares de atos, por exemplo, o assassinato é por definição para não ser realizado, pois assassinato implica matar e, significa que o assassino está obrigado pelo comando divino a fazer o seu oposto. Isso significa dizer que podemos concluir que o assassino cometeu pecado? Não para Ockham. Segundo ele, ainda que  achamos que o assassinato é errado daí, sem a revevelação, não podemos inferir que alguem que matou outrem cometeu pecado, pois o que se define como mais importante na defterminação de um juizo  moral não são ações publicas, tais como assassinato adultério ou mesmo suicidio, mas sim "atos privados interiores do querer",ou seja, o que importa é a intenção e, não a ação por si. Em ilustração desse raciocínio, nas proprias palavras do autor, "um suicida que se atira de um penhaço, mas se arrepende durante a queda, passa de um estado vicioso para um estado virtuoso sem qualquer alteração no comportamento externo". ou ainda, penso, não sabemos de fato se Judas foi condenado por trair seu Mestre, com base simplesmente no seu comportamento exterior, pois tudo o que importa é a intenção. Sobre a intenção tanto Tomás quanto Abelardo haviam tratado anteriormente, mas Ockham ao se referir a ela(intenção) de forma singular sela um completo rompimento entre a vida interior e a exterior.

 KENNY, Anthony. ética. In_____Filosofia Medieval: uma nova historia da filosofia medieval, São Paulo: Loyola, 2009 pp. 309-310



quarta-feira, 29 de junho de 2011

metafisica


Guilherme de Ockham foi um dos primeiros a criticar a carga conceitual da metafisica medieval. ele entende que a "raiz de todos os erros" esta na multiplicidade dos entes com base na multiplicidade dos termos. a isso ele denominou via antiqua. Para escapar da complexidade da metafisica não podemos abandonar a via antiqua, mas devemos ir às raizes desta, de onde provem toda a complexidade. Essa nova meta proposta por ockham ficou conhecida como via moderna, destarte ockham, foi "o pioneiro de um referencial conceitual radicalmente novo.
O objetivo de ockham não era apenas se esquivar de questões metafisicas idesejaveis, mas era sobretudo, buscava simplificar  a variedade conceitual disponivel na via antiqua para desenbaraçar os compromissos metafisicos. Assim, Ockham trabalhou com um novo programa de reinterpretação radical das relações semanticas fundasmentais. Respondendo ao problema dos universais Ockham afirma não haver " naturezas comuns ou essências no interior" da mente ou do mundo. Não há "consideração absoluta" do ser como queria os platonicos, ou seja,  o universal é "sermo", tudo é individual. ademais ockham reduz o numero de entes para apenas dois:  substancia e qualidade. Os universais, na linguagem mental de Ockham são naturais no significado. Deve- entender que para Ockham o status communis não denota realidade substancial ou essência comum. Ele indica apenas um modo de ser, condição naturalcomum a todos os individuos da mesma especie.
Portanto, o homem como essência não existe, mas um ser-homem é condição real e concreta que é comum a todos os homens concretos.
referencia
MCGRADE, A.S (org)naturezas: O problema dos universais In____ Filosofia Medieval. aparecida: ideias e letras, 2008. pp 246-247
REALE, Giovanni. O problema dos universais.In____História da Filosofia. 9 ed. São Paulo: Paulus 1990. pp 523-524

segunda-feira, 13 de junho de 2011

vida e obra de Ockham

Guilherme nasceu no condado de Surrey, na aldeia de Ockham a vinte milhas de Londres aproximadamente em 1280. Ingressou na ordem religiosa dos franciscanos com vinte anos de idade aproximadamente. Realizou seus estudos universitários em Oxford e entre 1317 e 1324 escreveu a Lectura libri sententiarum, a expositio aurea e a expositio super phisicam, como tambem a ordinatio e Os Quodlibeta. em 1324 transferiu-se para o convento franciscano de Avignon, onde o papa João XXII o convocou para responder à acusação de heresia. com efeito, o ex-chanceler da universidade de Oxford redigira uma lista de pontos extraidos dos escritos de Ockham,considerados suspeitos de heresia. Depois de tres anos de estudo, a comissão nomeada pelo papa para examinar os escritos condenou sete pontos como heréticos, trinta e sete como falsos e quatro como temerários. foi nesse periodo que ockham concluiu suas maiores obras a Suma Logicae e Tractatus de Sacramentis. Nesse meio tempo, a situação sa agravou ainda mais, porque na polêmica sugerida no interior da ordem franciscana sobre o problema da pobreza, Guilherme se aliara com a ala intransigente que rejeitava asperamente a orientação moderada do papa. assim, prevendo severas sanções, em maio de 1328,  Guilherme  foge de Avignon e se abriga junto a Ludovico, o Bávaro, em Pisa, ao qual sustenta ter dito: "o imperador defende me gladio, et ego defendam te verbo" Seguindo o imperador, estabeleceu-se depois em munique da Baviera, onde morreria em 1349, vítima de epidemia de colera
Referência:
REALE, giovanni/ ANTISERI, Dario, O SeculoXIV e a Reputação do Equilibrio entre Razão e Fé IN________Historia da Filosofia: Antiguidade e Idade Media. 9 edSão Paulo: Paulus, 2005, pp 614

sexta-feira, 10 de junho de 2011

apresentação

Olá, Aremir e Eu somos estudantes de filosofia e somos fascinados pela Historia da Filosofia Medieval, por essa razão escolhemos um dos grandes pensadores medievais, Guilherme de Ockham, cujo pensamento será comentado nas postagens que faremos no presente blog. para facilitar as nossas postagens comentários, iremos trabalhar apenas com a metafisica de Ockham. Esperamos que todos voces participem. Abraços